Doando Órgãos Salvando Vidas

Campanha - Doação de Orgãos

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Entenda a doação de órgãos


A lista de espera funciona assim: cada paciente recebe um número de acordo com a gravidade do quadro clínico. Se é uma pessoa que pode esperar algum tempo, o número é menor, se não pode esperar tanto, o número é maior.

Pacientes com risco de vida imediato são passados para o começo da fila automaticamente, antes de todos. Por isso, se a doença é muito grave e precisa de um transplante rápido, o paciente não tem mais que se preocupar em esperar todos na a frente, porque ele tem prioridade.

Só pode se tornar um potencial doador aquele que receber o diagnóstico de morte encefálica - quando o encéfalo (parte responsável por coordenar o corpo) para de funcionar.

Em vida (o chamado transplante intervivo), órgãos como rim, e parte do pulmão, pâncreas e fígado podem ser transplantados entre familiares de até quarto grau e cônjuges. Fora isso, amigos e outros interessados têm que ter autorização expressa de um juiz, que analisará histórico e a relação em vida que doador e receptor possuem. Em alguns casos, mesmo feita a comprovação de proximidade, a doação é recusada. Sangue, medula óssea e veias, também podem ser doadas em vida.

A doação por menores de idade é permitida somente com autorização de ambos os pais ou responsáveis. Pessoas não identificadas e deficientes mentais não podem ser doadores. Não existe limite de idade, porém todos os casos de doação são avaliados pela equipe de transplantes quanto à viabilidade dos órgãos.

quarta-feira, 7 de abril de 2010


Depoimento de uma pessoa que doou os órgãos do irmão


"Eu acredito que os familiares dos receptores devem ter ficado rezando pela gente, porque ficamos bem. Apesar de ele ser novo, ter quarenta e dois anos, dois filhos e ser totalmente saudável, foi algo que aconteceu de repente, nos pegou de surpresa, mesmo assim ficamos bem, acho que os receptores rezaram por nós sim.
Quando aconteceu foi um choque pra gente, mas eu nem esperei a comissão vir fazer a abordagem, quando constataram a morte cerebral eu fui até os médicos e avisei que meu irmão era doador. Nem perguntei ao meu pai e minha mãe, sabia que esta era a sua vontade e que se começássemos a ponderar acabaríamos vacilando, porque o maior medo que os familiares têm é de que o paciente não esteja realmente morto. É muito difícil tu ver o corpo corado, quente, com o coração pulsando e ter de se convencer que a pessoa não está mais lá.
O sentimento que fica é o de ter ajudado alguém, é confortante saber que existem pessoas que foram salvas pelo meu irmão, ele ajudou oito pessoas e eu sei que onde estiver, com certeza está feliz."


Maria Eliane Savegnago - Enfermeira - doou os órgãos do irmão.

Depoimento de um Transplantado


O senhor Wilton da Silva realizou o transplante há cinco anos e leva uma vida normal e fala das expectativas quando se está na máquina de hemodiálise e da alegria ao saber que chegou um dos dias mais esperados quando se encontra um doador de órgãos. “Quando estamos na máquina de hemodiálise achamos que é o fim, que a história termina ali. Eu mesmo havia perdido a esperança de ver meu filho, que na época tinha 2 anos, crescer. Quando soube que havia um doador não acreditei que a minha luta na máquina de hemodiálise ia acabar.”
Wilton recebeu um rim de um doador de 15 anos que teve morte encefálica após um acidente. “Eu lamentei o acidente que vitimou o jovem, mas foi uma bênção para mim ter encontrado uma família que soube fazer o que era certo, e com isso, salvou a minha vida. Eles tomaram uma decisão muito difícil e louvável. Até hoje eu peço proteção a Deus para eles, porque a vida de quem precisa de um transplante está nas mãos dos doadores. A minha vida estava nas mãos daquela família, e eles, ao autorizarem a captação dos órgãos, me devolveram ela. Hoje eu posso dizer que renasci. Mudei até a data do meu aniversário e passei a comemorar no dia em que fiz o transplante” finaliza emocionado.

Wilton da Silva
Transplantado de rins

quarta-feira, 10 de março de 2010

Um gesto de amor quando este se transforma em ação salva muitas vidas, ou dá uma nova esperança para tantos que vivem nos bancos de dados de transplante, aguardando um órgão. Pessoas que vivem meses, anos de esperança.
No Brasil atingimos a marca de aproximadamente 70 mil pessoas em 2007 aguardando por um transplante.Em Junho de 2009 o Brasil alcançou a meta para o ano de 8,6 doadores por 1 milhão de população em seis estados brasileiros.Um único doador pode beneficiar até 25 pessoas.
Os transplantes mais comuns são os de coração,fígado,rins,pâncreas,pulmão,intestino e estômago.
Os órgãos que as pessoas mais necessitam são coração,pulmão,rins,fígado e pâncreas.
Isso mostra que as pessoas precisam avisar suas famílias sobre a doação de órgãos. Consciencialização é muito importante pois mostra a importância de que a doação pode salves vidas.